Aurora Boreal na Islândia

Vai viajar pra Islândia e quer dar a volta no país pela Ring Road? Preparamos um guia muito completo pra você!

A Islândia é conhecida por ser a terra do fogo e do gelo: o país abriga algumas das maiores geleiras da Europa e alguns dos vulcões mais ativos do mundo. É um país de contrastes gritantes e paisagens (muito) impressionantes.

Fiz uma road trip pela Islândia entre o dia 29 de setembro e 8 de outubro de 2022 e vim compartilhar com vocês um roteiro completo pra quem quer viajar pela Ring Road, a estrada que atravessa a ilha toda.

Bora descobrir?

Ah, antes de começar a falar do roteiro, vamos entender um pouco o contexto geográfico da Islândia?

Um pouco sobre a Islândia

População: a Islândia é um dos países menos povoados do mundo, com aproximadamente 370 mil habitantes, e quase dois terços dessa população vive na capital Reykjavik.

Área geográfica: a ilha se estende por uma área de 103.592 km2 e é a segunda maior ilha da Europa, depois da Grã Bretanha.

Clima: as mudanças climáticas podem ser bem repetinas na Islândia. Mas diferente do que muitas pessoas pensam, o clima na Islândia é mais ameno do que imaginamos

Países vizinhos: o vizinho mais próximo da Islândia é a Groenlândia, a apenas 286 km de distância. Outros países vizinhos são as Ilhas Faroé, Escócia e Noruega. Pra chegar no país de avião, você leva aproximadamente 5 horas de Nova York e 3 horas de Londres.

O que saber antes de viajar pra Islândia

Estradas: a principal estrada na Islândia é a Ring Road, e você fará a maior parte do seu trajeto nela. E pra viajar pelo país, você precisará alugar um carro. Se a viagem for no fim de setembro ou começo de outubro, ainda não precisa de um 4×4, mas um SUV é sempre bem-vindo. Nós levamos a carteira internacional de direção do Theo, mas não foi solicitada.

Documentos: pra viajar pra Islândia você não precisa de um visto, apenas de um passaporte válido e um seguro viagem.

Seguro-viagem: devido ao Tratado de Schengen, é obrigatório ter um seguro viagem para viajar para a Islândia. O Tratado de Schengen é um acordo firmado entre 26 países europeus, que visa estabelecer a livre circulação dos visitantes nos países participantes. Eu contratei o seguro viagem da Seguros Promo e super recomendo.

Você pode contratar aqui e usar o cupom descobriporai5 pra garantir seu seguro-viagem com 5% de desconto.

💡 Temos um post super completo com tudo o que você precisa saber antes de viajar pra Islândia: onde fica, qual o clima, língua, moeda e mais!

Roteiro de 9 dias pela Islândia

Nós alugamos um carro no aeroporto de Keflavik (perto de Reykjavik), por isso, o roteiro começa e termina por lá.

Além disso, a viagem foi feita no final de setembro/começo de outubro – é bom ter isso em mente também na hora de montar seu roteiro.

Visitar a Islândia no verão ou no inverno é como viajar para dois países diferentes.

Portanto, você não pode confiar apenas em um roteiro de verão se estiver viajando durante os meses de inverno… ou ao contrário. E aqui vou trazer pra vocês uma visão do mês de setembro e outubro – o limbo entre o verão e inverno e que é muito difícil encontrar roteiros pela internet.

Como é a Ring Road

Se você quer fazer a Ring Road, ou seja, dar a volta completa pela ilha, você precisa de pelo menos 9, 10 dias para aproveitar tudo.

O roteiro está bem completinho e tivemos alguns dias cheios de atrações e outros mais tranquilos.

A ideia realmente foi explorar os principais pontos turísticos da Islândia, e não só parar pra tirar uma foto e seguir para a próxima parada, sabe?

Sobre a Ring Road

A Ring Road, também conhecida como Route 1, é uma estrada de aproximadamente 1.332 quilômetros que circunda a Islândia e liga todas as principais cidades e atrações turísticas do país.

A estrada é asfaltada e geralmente é de boa qualidade, mas algumas partes podem ser bastante sinuosas e estreitas, especialmente nas áreas montanhosas.

A Ring Road oferece aos viajantes a oportunidade de explorar a Islândia de forma independente e a seu próprio ritmo. É possível ver paisagens deslumbrantes, como vulcões, geysers, cachoeiras, lagos, rios, penhascos, e montanhas.

A estrada também passa por vários parques nacionais, como o Parque Nacional Thingvellir, onde é possível ver a grande fissura, e o Parque Nacional Vatnajökull, com suas geleiras e cachoeiras.

A Ring Road é uma das estradas mais populares para dirigir na Islândia, especialmente durante o verão, quando as condições de condução são geralmente boas.

No entanto, é importante lembrar que as condições climáticas na Islândia podem ser imprevisíveis e mudar rapidamente, então é importante estar preparado para adaptar seus planos de acordo.

Além disso, algumas áreas da estrada podem ser fechadas durante o inverno, por isso é importante verificar as condições antes de sair.

Está preparado? Tem muito conteúdo e dica aqui pra você!

O que fazer em 9 dias na Islândia

Sabe quando você planeja semanas e semanas e quando chega na hora sai tudo diferente? Pois é, essa é minha história com essa viagem pra Islândia. Mas, no final, eu amei meu roteiro e super indico pra quem tem 9 dias na Islândia também.

  • Dia 1: Chegada e Reykjakiv
  • Dia 2: Península de Snaefellsnes
  • Dia 3: EiríksstaðIr, Barnafoss, Hraunfossar e estrada até Akureyri
  • Dia 4: Godafoss, Lake Myvatn, Myvatn Nature Baths, Namaskard e estrada até Egilsstadir
  • Dia 5: Hengifoss, Litlanesfoss e estrada até Stafafell
  • Dia 6: Diamond Beach, Fjallsárlón, Parque Nacional Skaftafell e estrada até Vík
  • Dia 7: Vík, Reynisfjara Beach, Skógafoss, Seljavallalaug Swimming Pool, Seljalandsfoss, Gljufrabui e estrada até Hveragerdi
  • Dia 8: Gulfoss, Geysers, Oxarafoss e Thingvellir
  • Dia 9: Thingvellir e Reykjavik
  • Dia 10: Aeroporto

É bom saber: há diversas maneiras de planejar uma viagem de 9 dias na Islândia e os tempos de condução e as distâncias dependerão muito do que você escolher fazer e onde ficará hospedado cada dia.

Neste roteiro, inclui os detalhes do que fizemos e percorremos nos 9 dias que viajamos pela Islândia. Alguns dias foram basicamente dirigindo pela Ring Road. E isso definitivamente não foi um problema, já que a estrada islandesa já é uma atração por si só.

Bora descobrir nosso roteiro completinho?

Dia 1: Chegada e hotel

Saímos de Nova York às 23:00 no dia 28/09 e pousamos na Islândia às 6:40 da manhã. São 5:40 de viagem, mas tem a diferença no fuso.

Chegando no aeroporto (que por sinal é lindo!), passamos pela imigração e free shop. Ah, e como o álcool tem altas taxas na Islândia, já garantimos algumas cervejas tax free no próprio free shop – vi essa dica na internet e aproveitamos! #FicaDica

Aluguel do carro

Nós alugamos um carro com uma agência local que vi que no GuideToIceland, a Ring. Foi o melhor custo vs. benefício que encontramos na internet. Às 8:30, um rapaz do staff foi buscar a gente no aeroporto e levar pro escritório deles. O atendimento foi ótimo e super rápido, pegamos um SangYong – um carro chinês e bem moderninho.

Centro de Reykjavik

Saindo do escritório da Ring, fomos pro centro de Reykjavik, tomar um café no Mokka Caffe. O local é lindo, super charmoso e aconchegante, mas estava bem cheio e não tinha mesas livres. Saímos de lá e procuramos outras opções no Google: paramos no Babalú, ali na mesma rua, e não nos arrependemos. O local é super cool, quase excêntrico. Também estava bem cheio. Um café e um sanduíche custaram cerca de 2500 IKS (cerca de R$ 95,00).

Hallgrímskirkja

Saímos do café e fomos conhecer a igreja mais famosa de Reykjavik, Hallgrímskirkja, toda imponente e com uma arquitetura inspirada nas colunas de basaltos que encontramos em algumas cascatas do país.

Entrando na igreja vimos um aviso de que ela não recebe visitas das 11:45 até às 12:40 todos os dias, é o horário do culto. Dava pra aproveitar pra comprar um ticket e subir a torre que tem a vista da cidade toda. Mas como o tempo estava super chuvoso e nublado, preferimos fazer esse passeio no nosso último dia na Islândia (spoiler: não fizemos).

Compras no mercado

Aproveitamos pra passar no supermercado Bônus, o mercado mais econômico do país, e compramos algumas coisas. No geral, os preços estavam ok. Compramos 2 águas, salgadinho, pringles, chocolates islandeses, um carbonara congelado, castanhas e dois iogurtes pro café da manhã. Custou cerca de 3500 iks.

Hotel Laxarbakki

Seguimos viagem rumo ao primeiro hotel, o Laxarbakki… Que estrada linda!

O Hotel Laxarbakki é mais rústico e tem uma vista linda para o Rio Laxá, além de uma deliciosa banheira de hidromassagem quentinha na área externa e sauna. Ah, o quarto é super completo e conta com fogão, geladeira e cafeteira.

Estávamos exaustos depois de 2 noites de avião e jantamos no quarto mesmo. Acordamos atrasados no dia seguinte e quase perdemos o café da manhã, que por sinal tem várias opções. A diária para o casal custa em média R$1.200,00. Carinho, né? Mas é um hotel super bem-avaliado na região!

O Hotel Laxarbakki fica a cerca de uma hora de carro da Península de Snaefellsnes, nosso principal ponto de interesse para o dia seguinte.

Reserve aqui!

Dia 2: Península de Snaefellsnes

Saindo do hotel Laxarbakki, rodamos cerca de 260 km na Península de Snaefellsnes até a nossa parada pra dormir, na Guesthouse Hof em Stadarstadur.

A Península de Snaefellsnes é um lugar maravilhoso que tem muito a oferecer, sério! São paisagens incríveis, belas costas com faróis, cascatas deslumbrantes, igrejas minimalistas e campos de lava sem fim. Você não poderia escolher um lugar melhor para começar sua viagem na Islândia! 

A maioria dos principais pontos turísticos estão localizados no extremo da Península, são bastante próximos uns dos outros, e podem ser visitados percorrendo o circuito circular. 

Se você quiser ver todos os principais pontos turísticos em um dia, comece cedo, tem muito lugar legal.

Agora vamos a lista de atrações na Península de Snaefellsnes (tô até agora tentando pronunciar esses nomes):

Kirkjufell e Kirkjufellsfoss

As duas atrações são bem próximas uma da outra, sendo a primeira uma montanha e a segunda uma cachoeira bem bonita. Aliás, sempre que você ver “foss” no nome, pode saber que é uma cachoeira.

A Islândia tem cascatas incríveis, e a queda d’água da Kirkjufellsfoss não é tão impressionante quando comparamos com outras cachoeiras do país. De qualquer maneira, vale a visita. O acesso é bem fácil e você só paga o estacionamento.

Cratera Saxhóll

A Cratera Saxhóll é outro ponto de interesse na região da Península, e fica bem próxima da estrada.

A cratera tem 100 metros de altura e uma escadaria adaptada que facilita a vida do visitante, são aproximadamente 400 degraus até o topo. Você pode escolher ver a cratera ali de baixo mesmo, do estacionamento, ou subir. Lá do alto você tem uma vista bem legal do Oceano Atlântico e dos extensos campos de lava. Como ainda tínhamos muitas atrações pela frente, preferimos não subir.

Djúpalónssandur

Esse com certeza é o ponto alto da Península de Snaelfellness.

A Djúpalónssandur é uma praia de areia preta, formações rochosas de lava, falésias, rochas… A praia faz parte do Parque Nacional Snæfellsjökull, uma área completamente coberta por campos de lava e musgo. Pra completar o cenário, o local ainda preserva destroços de um barco que se acidentou por ali. Um cenário meio pós-apocalíptico muito incrível.

Você chega à praia descendo uma trilha fácil. Na trilha, você pode enxergar atrás das rochas duas lagoas de água doce, chamadas de Djúpulón e Svörtulón.

A gente amou esse lugar! Nós simplesmente deitamos na areia preta e ficamos ali alguns minutos admirando toda a imponência da praia. Por isso, reserve pelo menos uma hora e meia do seu roteiro pra contemplar a beleza desse local.

Importante: as ondas da praia são bem fortes, e assim como em outras praias da Islândia, é apenas um lugar de contemplação. Não dá pra entrar no mar e nem chegar muito perto. Mantenha uma distância segura!

Lóndrangar Basalt Cliffs

Na Península de Snaelfellness você encontra um mirante que oferece uma vista bem bonita de Lóndrangar e suas falésias de basalto.

O caminho até lá é bem fácil. Você estaciona o carro e anda uns 5/10 minutos pela trilha de metal pra chegar nos dois mirantes. Estava ventando MUITO no dia que fomos, então não conseguimos ficar tanto tempo. De qualquer maneira, é um passeio que leva aproximadamente 25 minutos.

Arnarstapi

Saindo do mirante de Lóndrangar, a próxima parada foi a pequena vila de Arnarstapi, no lado sul da Península. De lá é possível admirar as aves marinhas que vivem nas falésias e um arco de pedra circular chamado Gatklettur. A parada no local também é rápida.

Rauðfeldsgjá Gorge

Apesar do estacionamento ser na estrada, você precisa encarar uma subidinha pra chegar até Rauðfeldsgjá Gorge, um belo desfiladeiro na Montanha Botnsfjall. Foi o primeiro lugar na Islândia que me fez suar 🤣.

O passeio consiste em caminhar por uma “caverna molhada”. Você pode passar pelas estreitas fissuras da caverna e andar nas águas do riacho que atravessam o lugar. Garanta que seus sapatos são à prova d’água antes de entrar na caverna, ok?

É possível fazer o passeio em Rauðfeldsgjá Gorge em 30 minutos.

Búðakirkja

Búðakirkja é uma pequena igreja de madeira preta localizada no lado sul da Península de Snaelfellness. A igreja foi construída em 1848 e fica na região de um campo de lava. No terreno da igreja ainda é possível avistar um pequeno cemitério histórico.

É a igreja mais gótica que já vi! A parada no local é rápida, em 20 minutos você consegue estacionar, dar uma volta ali pela igreja e já partir pra próxima (e última) parada do dia. Estivemos nesse ponto já era umas 17:30.

Bjarnarfoss

E vamos pra última atração do dia: Bjarnarfoss. A cachoeira Bjarnarfoss é uma cachoeira impressionante também na Península. Embora possa ser vista da estrada, a parte mais agradável e interessante fica bem no alto das falésias e exige uma boa caminhada.

Como já estava escurecendo e ventando bastante, optamos por olhar a cachoeira de longe, do estacionamento mesmo. E o mais curioso é que, pelo vento, parece que a cachoeira desafia a lei da gravidade e no lugar da água descer, ela sobe.

Hotel: Guesthouse Hof

Nessa noite, nós dormimos no Guesthouse Hof, uma pousada localizada ao lado do vulcão Snæfellsjökull e com vista para o mar.

O local oferece vários tipos de acomodação: chalés pra 2, 3 ou casas maiores, que recebem até 11 pessoas.

Ficamos em um chalé de madeira bem bonitinho, com uma cama confortável, mesa, duas poltronas e banheiro. O Guesthouse Hof ainda oferece uma cozinha compartilhada para os hóspedes, mas infelizmente não tem wi-fi nos chalés, apenas nas áreas comuns.

Acho que esse foi um dos hotéis mais “baratos” que ficamos, custou cerca de R$670,00 o casal – sim, isso é um preço bom pro padrão islandês.

Reserve aqui!

#photodump dos nossos dias na Islândia 😉

Dia 3: EiríksstaðIr, Barnafoss, Hraunfossare estrada até Akureyri

No terceiro dia, o que mais fizemos foi dirigir. O que não foi um problema, já que as estradas são lindas e sempre surpreendem com alguma paisagem incrível.

Saímos às 11 do hotel e o objetivo era dormir em Akureyri, a 395 km dali. O trajeto incluiu duas paradas: a casa viking EiríksstaðIr e a cachoeira Barnafoss e Hraunfossar. Ao todo, rodamos 540 km, o que deu aproximadamente 7 horas na estrada.

EiríksstaðIr

Pra chegar em EiríksstaðIr, tivemos que desviar o trajeto e quando chegamos lá, descobrimos que o museu estava fechado – ele só abre de maio a setembro e é pago. Acontece, né?

Mas a ideia da visita era descobrir como os vikings viviam, já que o local abriga uma reprodução fiel de uma casa viking – essa é considerada a casa viking mais bem construída de toda a Europa. Os vikings começar a vir da Noruega pra Islândia por volta do ano 874, então o país tem bastante da cultura viking.

De qualquer maneira, subimos até a casa e aproveitamos pra tirar algumas fotos e sentamos na mesa externa que conta com um jogo viking. Ficamos uns 20 minutos por lá e depois seguimos para Barnafoss.

Barnafoss e Hraunfossar

Confesso que eu não tinha muita expectativa pra Barnafoss e Hraunfossar e simplesmente amei.

Barnafoss e Hraunfossar ficam na região oeste da Islândia, perto de Akranes.

Existe uma lenda por trás de Barnafoss, que se traduz como “a catarata das crianças”.

Resumindo pra vocês: a lenda fala sobre uma família com duas crianças. Um certo dia os filhos estavam sozinhos em casa e decidiram atravessar a ponte de pedra que ligava os dois lados do rio. Infelizmente, as crianças não conseguiram atravessar a ponte e morreram. Algumas versões contam que a mãe exigiu que a ponte fosse derrubada, enquanto outras falam sobre uma feitiçaria que a mãe colocou sobre o lugar, fazendo com que qualquer um que tentasse atravessar a ponte, despencasse. Trágico, né?

Barnafoss é um local muito lindo e faz um contraste incrível com Hraunfossar. Enquanto Barnafoss é uma correnteza estreita (mas potente) entre as rochas, Hraunfossar é uma cachoeira super extensa em que a água turquesa escorre de um platô de rocha de lava. Como fomos em um dia de chuva, a água não estava tão clara como costuma ser.

Eu, pessoalmente, gostei muito do lugar. Dá pra caminhar entre as pontes e passar pelos campos de lava. Reserve uns 30/40 minutos pra essa visita.

Akureyri

Saindo de Barnafoss, dirigimos mais de 4 horas até a cidade de Akureyri. Akureyri é a quarta maior cidade do país, com impressionantes 17.000 habitantes.

Aproveitamos o clima de “cidade grande” pra sair pra algum bar, já que era sábado. Fomos no Vamos AEY, um bar/balada bem bonitinho. Confesso que fiquei impressionada de encontrar um lugar na Islândia que ficasse aberto até às 3 da manhã. Se você estiver pela região, vale a visita! Se der uma fome, o Kurdo Kebab, na mesma rua, tem kebabs bem gostosos.

Hotel: Kjarnalundur

Em Akureyri nos hospedamos no Hotel Kjarnalundur. Confesso que eu dava preferência pra reservar hotéis em que a foto principal aparecia a Aurora Boreal 😡

Chegamos tarde e saímos cedo, então não conseguimos aproveitar as banheiras de hidromassagem no quintal. O café da manhã não estava incluso na diária, que custou cerca de R$700,00. O quarto era pequeno, mas confortável. Achei um bom custo vs. benefício.

Não me pareceu ser um hotel de jovens, sabe? Vimos algumas pessoas mais velhas sentadas na recepção. Mas se o objetivo é dormir, está mais que justo!

Reserve aqui!

Dia 4: Godafoss, Lake Myvatn, Myvatn Nature Baths, Namaskard e estrada até Egilsstadir + Aurora Boreal

No quarto dia, dirigimos cerca de 300 km, saindo do hotel em Akureyri e finalizando o dia no Blabjorg Guesthouse, na vila de pescadores de Borgarfjordur Eystri, a 71 km de Egilsstadir.

Pra dormir nesse hotel, tivemos que dar uma boa desviada da Ring Road, mas valeu MUITO a pena, porque foi na estrada pra lá, à noite, que vimos a tão sonhada Aurora Boreal.

Godafoss

Saindo de Akureyri, dirigimos 30 minutos até a primeira atração do dia: a Godafoss. E apesar de não ser a maior cachoeira islandesa e nem a mais potente, a maioria dos visitantes concorda que Godafoss é uma das cataratas mais bonitas do país.

O acesso é super fácil e com um estacionamento bem próximo. Você pode ver a cachoeira de vários ângulos e os mais corajosos podem descer até a beira da cascata. Vale super a pena!

E isso é uma coisa muito legal na Islândia, você pode chegar muito perto de todas essas belezas naturais. E aí, vai do bom senso do turista não se arriscar mais do que deve, né?

Ah, e vou resumir aqui pra vocês um pouquinho da história da Godafoss:

A Godafoss é conhecida pelos islandeses como a “cascata dos deuses”. E a origem desse apelido vem de um dos fatos mais importantes da história da Islândia: a adoção do cristianismo em 1.000 d.C. A lenda diz que um dos principais governantes da época, jogou nas águas de Godafoss todos as estatuetas pagãs que ele reverenciava até então, trocando os deuses vikings pelo Deus cristão.

Lake Myvatn

Pra ir de Godafoss até o Lake Myvatn, são mais 40 minutos em uma estrada super bonita. E gente, o lago Myvatn foi uma das minhas paisagens favoritas na Islândia. Surreal de lindo. Me senti no paraíso.

Localizado no norte da Islândia, o lago Myvatn é mais uma paisagem do que de fato um lugar para atividades. Ele é rodeado de áreas vulcâncias e geotermais e você pode andar por lá.

Nós estacionamos o carro e fomos passeando no entorno do lago, depois deitamos na grama e ficamos lá, apenas contemplando o silêncio. O dia ensolarado e as cores do outono deixaram tudo ainda mais especial.

As fotos não traduzem nem metade do que esse lugar é. Dá pra ver que eu amei, né?

Myvatn Nature Baths

Se você está planejando uma viagem pra Islândia, com certeza ouviu falar do Blue Lagoon, né? Mas aqui vai a dica de milhões: o Myvatn Nature Baths é uma opção muito mais natural e econômica.

Estrutura

O complexo oferece 1 sauna e 2 piscinas enormes com borda infinita que proporcionam uma vista muito privilegiada da região de Myvatn. Ah, e tem bar na piscina pra você não precisar sair no frio pra consumir algo.

A água das piscinas é extraída de um poço com 2.500 metros de profundidade e é bem azulzinha. Ela tem uma alta concentração de sais mineiras e é adequada pra banho.

Chegando no local, você passa pelo café do Myvatn Nature Baths e depois é direcionado para os vestiários, tem o masculino e o feminino. Você também ganha uma moeda pra usar um locker pra guardar as coisas, mas os sapatos ficam em uma estante compartilhada mesmo. Primeiro mundo que fala, né?

Antes de entrar nas piscinas, precisa obrigatoriamente tomar um banho no chuveiro e lavar bem o corpo. Ah, e no chuveiro tem shampoo, condicionador e sabonete pra usar depois das piscinas. Nós levamos a nossa própria toalha de secagem rápida, mas se você não tiver, pode alugar no local.

Mas eu realmente recomendo que você leve uma toalha de secagem rápida aqui do Brasil, porque você pode usar ela em outros momentos também.

Ponto (que pode ser) negativo

Acho que o ponto negativo é o cheiro natural de enxofre que a água tem. Mas não é só lá, viu? Qualquer água térmica de verdade vai ter esse cheiro meio de enxofre. Depois o nariz acostuma, mas no começo pode ser bem estranho.

Ingressos

Quando fui, o ingresso de adulto estava custando 42 euros (5.900 kr), o que dá cerca de R$215,00 convertendo. Mas vale a pena, viu! É um dos poucos passeios pagos na Islândia e é super gostoso.

Lembre-se de reservar com antecedência seu ingresso. Eu comprei pela GetYourGuide e deu tudo certo, como sempre! Vou deixar o link aqui pra vocês:

Reserve umas 3 horas do seu dia pra esse passeio. Acredito que você não fique mais de 2 horas na piscina, mas até chegar lá, tomar um café, se trocar, etc… Acho que vai umas 3 horas.

Namaskard

Saindo de Myvatn Nature Baths, a próxima parada foi bem próxima dali, em Namaskard.

Namaskard é uma área geotérmica que faz parecer que você está em outro mundo. E é MUITO fedido. Lembra do cheiro de enxofre que eu falei ali nas piscinas? Aqui o cheiro é muito mais intenso. Sei lá, parece que você está em outro planeta. É uma paisagem completamente diferente de tudo que você já viu.

A paisagem é composta por uma mistura de cores: laranja, amarelo, vermelho, preto, turquesa… uma loucura. E nenhuma vegetação cresce na área devido ao calor da terra, a acidez do solo e aos gases que saem do solo.

Rios naturalmente escuros e poças ferventes que emitem vapor e fumaça nessa paisagem colorida são de tirar o fôlego. Adorei esse lugar (apesar do cheiro, claro!).

Importante: apesar da atração em si ser gratuita, está numa área privada e, por isso, há uma cobrança no estacionamento – bem carinho por sinal. Acho que custou cerca de R$ 60,00 convertendo.

Aurora Boreal

Para tudo que essa foi a noite que nós finalmente conseguimos ver a tão sonhada Aurora Boreal. E foi (muito) melhor do que eu podia imaginar.

Vocês sabem que a Aurora Boreal não aparece sempre, né? Ver uma aurora boreal não é garantido em nenhuma época do ano, mas a gente sabia que outubro era um mês que ela podia aparecer. Inclusive foi isso que fez a gente decidir a época da viagem.

É claro que a gente tinha muita expectativa pra ver uma Aurora Boreal, mas também “tava tudo bem” se ela não viesse, até porque a Islândia em si já é um país incrível pra conhecer.

Saímos de Namaskad em direção ao nosso hotel em Egilsstadir e paramos pra jantar em um restaurante na cidade. Lá perguntamos pro atendente se ele achava que tinha alguma chance de ver a Aurora Boreal aquela noite, e ele disse que não.

Todo dia nós olhávamos o app Aurora, que mostrava a previsão e a intensidade que ela poderia chegar no dia. Olhamos o app e também não tava lá essas coisas. Tudo bem. Fica pra outro dia.

Bom, na estrada indo pro hotel um freixo de luz bem clarinho começa a aparecer. “Theo, você tá vendo isso?”. A luz começa a espalhar. A gente para o carro. Ficamos 40 minutos extasiados. A aurora tava ali, na nossa frente, atravessando todo o céu estrelado.

De repente, tudo ficou ainda mais mágico: mais cores apareceram e as luzes dançavam pelo céu, sem parar.

Gente, eu só conseguia agradecer a Deus. Foi a coisa mais linda que eu já vi na vida.

E assim, o que colaborou pra gente ver uma Aurora incrível: o dia tinha sido lindo e sem nuvens. A noite estava fria e estávamos em uma estrada bem deserta, sem nenhuma luz artificial ao redor.

Então já anota aí: baixe o app Aurora pra acompanhar os luagres que tem mais chance de aparecer Aurora àquela noite. E alguns hotéis também tem um serviço que você deixa seu nome na recepção e eles te ligam caso a Aurora apareça.

Vou deixar o reels pra tentar traduzir um pouco do que contei aqui 🙂

Hotel: Blabjorg Guesthouse

Nessa noite nós dormimos no Blabjorg Guesthouse, um hotel na vila de pescadores de Borgarfjordur Eystri, a 71 km de Egilsstadir. Os quartos tem vista para o mar e os hóspedes tem acesso a uma cozinha compartilhada. O quarto é excelente e o café da manhã incluso.

Quando chegamos lá, a Aurora ainda estava no céu. Foi bem legal ficar na varanda admirando a Aurora de frente pro mar.

O problema que tivemos foi quando fomos tomar café às 9:30 e chegando lá descobrimos que ele era servido só até às 9:00.

Ficamos um pouco frustrados porque normalmente o café vai até as 10:00, né? Ou eles poderiam ter avisado antes. Enfim… Outro ponto negativo é que o hotel estava em reforma e as hot tubs estavam fechadas. Mas mesmo com esses contratempos, é um hotel que eu recomendo.

Reserve aqui!

Dia 5: Litlanesfoss, Hengifoss e estrada até Hofn

No dia 5, saindo do Blabjorg Guesthouse com destino a Hofn, foram 425 km percorridos. Foi um dia mais de estrada e com menos atrações.

Litlanesfoss

A Litlanesfoss fica localizada no leste da Islândia, no vale de Fjítsdalur. Ela tem cerca de 30 metros de altura e forma uma espécie de avental em um penhasco. Ela é formada por impressionantes colunas de basalto – as mais da Islândia.

Para vê-la, precisamos encarar uma (bela) subidinha de 30 minutos. A notícia boa é que ela está na caminho da trilha que leva a segunda cascata do dia, a Hengifoss.

Hengifoss

Pra chegar até a Hengifoss, precisamos andar cerca de 4,6 km (ida e volta), levando cerca de 2 horas pra completar a caminhada.

Apesar da distância não ser tão longa, grande parte desse caminho é uma subida bem íngreme. O bom é que no meio do caminho é possível encontrar alguns bancos pra descansar (eu precisei sentar várias vezes #cansada).

E depois de avistar a Litlanesfoss, andamos mais 1,5 km até a Hengifoss, uma das cachoeiras mais altas da Islândia, com impressionantes 128 metros de altura.

A cachoeira Hengifoss é caracterizada pelas camadas rochosas de argila vermelha intercaladas entre camadas de basalto. É muito interessante poder ver as camadas de basalto de 5, 6 milhões de anos de erupções vulcânicas.

Apesar de ter achado o caminho bem cansativo, valeu muito a pena. A paisagem ao redor é muito bonita e andar ao lado do desfiladeiro proporciona vistas belíssimas.

Hotel: Guesthouse Skálafell

Saindo de Hengifoss, dirigimos sentido ao Guesthouse Skálafell, uma pousada familiar situada no Parque Nacional Vatnajökull.

Pegamos um chalé de madeira bem confortável. O café da manhã estava incluso e tinha geleias caseiras, panquecas, waffles e queijos típicos.

Para jantar, o hotel oferce pratos feitos com produtos locais e carne. Mas se eu soubesse que um prato de sopa saíria por quase 100 reais, teria jantado em outro lugar.

A Lagoa Glaciar de Jökulsárlón fica a 40 km de distância e a Geleira Skálafellsjökull está a 3 km da pousada.

Fiz o famoso #photodump no Instagram com as fotos desse dia!

Dia 6: Diamond Beach, Glaciers, Skaftafell e estrada até Vík

Nossa primeira parada no sexto dia da viagem foi a Diamond Beach, vizinha do Lago Jökulsárlón. Dirigimos cerca de 3 horas até a nossa parada pra dormir.

Diamond Beach

Seguindo nosso roteiro pela Ring Road, a primeira parada foi a Diamond Beach, na costa sul da Islândia, a 377 km de Reykjavik.

Essa com certeza é uma das praias mais exóticas do mundo e eu vou te explicar porquê:

A Diamond Beach é uma praia de areia preta vulcânica banhada pelo Oceano Atlântico. Ela recebe fragmentos de gelo dos icebergs que se desprendem do Glaciar Vatnajökull.

Os gelos flutuam pelo Lago Jökulsárlón até serem lançados ao mar. As ondas do mar quebram os icebergs e empurram seus pedaços na praia, e os gelos ficam na areia como se fossem grandes pedras de diamantes. Em dias de sol, as pedras brilham ainda mais.

No dia que estivemos lá, não vimos tantos gelos na areia, eram poucos e não tão grandes como nas fotos. Mas isso pode depender do dia/hora da ida – um casal de amigo passou por lá 2 dias depois e encontrou a praia repleta de pedras de gelo gigantes. Nos dias de sol, os efeitos da luz deixam as pedras ainda mais bonitas.

Tô torcendo pra que ela esteja bem incrível no dia que você estiver por lá!

Glaciers

O Lago Jökulsárlón surgiu nos anos 30 e foi se expandindo devido ao derretimento das geleiras. Hoje em dia é o lago mais profundo da Islândia, com cerca de 248 metros de profundidade.

Até os anos 50, o lago se conectava com o oceano por um rio de 1,5 km de extensão, mas agora o lago está bem próximo. Pois é, o aquecimento global é real!

A região dos glaciers é realmente um lugar muito tranquilo e com belezas impressionantes. A vontade é de sentar em frente e ficar admirando pelo resto do dia.

Se você quiser, ainda pode aproveitar para fazer alguns passeios: como o barco Zodiac que passa bem próximo aos icebergs ou fechar um passeio pelas cavernas de gelo da região. Vou deixar um link com as principais atividades que você pode fazer por lá! 😉 Lembre-se de agendar com antecedência, hein!

Skaftafell

Skaftafell faz parte do Parque Nacional Vatnajokull. E o local é imenso.

Trilhas curtas e fáceis levam à cachoeira Svartifoss e à geleira Skaftafellsjokull. Nós optamos por fazer a trilha pra geleira, que levou cerca de 20 minutos em um caminho super gostoso – mesmo em um dia de chuva.

A vista das geleiras é incrível, a gente se sentiu na lua, de verdade. Areia, rios, montanhas gigantescas… um cenário de outro mundo.

Por lá, você ainda pode experimentar uma aventura mais completa e fazer uma caminhada guiada pelas geleiras.

A trilha mais famosa é a que vai até a cachoeira Svartifoss. São aproximadamente 1,5 km de escadas e subidas até o local. Como já estava escurecendo e o dia estava chuvoso, não fomos até lá. Mas dizem que vale super a pena.

Pra quem gosta de acampar, o parque oferece uma grande área de camping – aberto o ano todo.

Hotel: Hotel Vík

Essa noite, nós escolhemos dormir em Vík y Myrdal, pra já acordar mais perto das atrações do dia seguinte.

O hotel Vík fica bem no centro da cidade (assim como todos os hotéis), já que Vík tem 318 habitantes e é super pequena.

Mas foi um dos hotéis mais modernos que a gente ficou. Bem bonito e arrumado, com restaurante, academia, bar… Os produtos do banheiro eram L’Occitane (achei chique!).

O café da manhã era super completo também. Com certeza eu recomendo o Hotel Vík pra quem for dormir na cidade.

Uma dica: os restaurantes da região (acho que de toda Islândia, na verdade) param se servir comida às 20:30, 21:00. Não sejam que nem eu, atrasados do ENEM, e se programem pra sair mais cedo pra comer, viu? Como eu moro em São Paulo, tenho mania de fazer tudo tarde. Acabei ficando sem jantar 2 dias por não me programar melhor.

Reserve aqui!

Mais uma sequência de fotos do Instagram direto pra cá!

Dia 7: Golden Circle

E chegamos ao sétimo dia de viagem pela Islândia.

E aqui na região sul da Islândia, estão os pontos turísticos mais famosos (e mais cheios) do país.

Começamos o dia indo para Reynisfiara Beach, a famosa praia de areia preta de Vík. E fomos parando nos pontos de interesse durante o dia até chegar no Frost & Fire Hotel. Percorremos cerca de 175 km esse dia.

Reynsfiara Beach

Reynsfiara Beach fica próxima ao centro de Vík, são cerca de 20 minutos até lá.

A Reynsfjara Beach é conhecida como a praia mais impactante e perigosa da Islândia. E não é à toa.

O grande alerta aos turistas é que às vezes acontecem umas mudanças dráticas na maré: ondas muito altas e fortes, que podem pegar algum turista desprevenido e levar pro mar. Tem que tomar cuidado de verdade.

De qualquer maneira, vale muito a visita. Além da praia, o lugar mágico conta com cavernas e grandes formações rochosas de basalto. Se você der sorte, consegue andar até a caverna. Mas isso vai depender do clima.

No dia que fomos, estava ventando MUITO. Quando olhei a previsão no celular, vi que os ventos estavam chegando a 56 km por hora. Estava bizarro.

Coloquei o reels aqui pra vocês sentirem um pouco da energia caótica que foi nossa visita em Reynsfjara.

Skógafoss

Olha, Skógafoss entrou no meu Top 5 atrações da Islândia e, com certeza, foi a catarata mais bonita que vi.

A Catarata Skógafoss tem 62 metros de altura e quase 30 metros de largura. E a paisagem ao redor é estonteante: a água cai sobre as pedras pretas que contrastam com o verde das encostas que cercam a catarata.

A cachoeira também pode ser vista de cima, já que possui um mirante que te leva ao topo dela. Pra chegar lá, basta encarar uma escada com uns 400 degraus. Vale a pena!

Mas o mais impressionante é que devido a quantidade de “gotas” que a catarata produz o tempo todo, um arco-íris (às vezes dois) é normalmente visível em dias de sol. Eu quase chorei vendo dois arco-íris juntos, juro!

Prepare-se para se molhar bastante se quiser chegar bem perto da queda d’água.

Ah, e assim como grande parte das cachoeiras da Islândia, o acesso é muito fácil e gratuito.

Seljavallalaug Swimming Pool

A Seljavallalaug Swimming Pool é uma das piscinas térmicas mais antigas da Islândia e foi construída em 1923.

Assisti no YouTube alguns vídeos sobre a Islândia que falavam dessa piscina e resolvi incluir no roteiro, mas me arrependi.

Além de ficar um pouco longe do estacionamento (uns 25 minutos de caminhada), a piscina não era tão quentinha e o lugar parecia bem abandonado. Não gostei.

No fim, o que valeu a pena foi a paisagem do caminho que percorremos até lá.

Seljalandsfoss

Seguindo pela Ring Road, a próxima parada foi a Seljalandsfoss. A Seljlandsfoss é, provavelmente, uma das cachoeiras mais famosas da Islândia e tem mais de 60 metros de altura. Super imponente.

Mas o grande diferencial dela é que você pode fazer uma trilha por trás da cachoeira e ver a queda d’água de uma outra perspectiva. Inclusive, as melhores fotos são feitas ali.

Mas lembre-se de vestir uma capa de chuva ou roupas impermeáveis, porque vai molhar.

Aqui é um dos poucos lugares que você precisa pagar estacionamento.

Ah, e antes de ir embora, lembre-se de visitar a cachoeira vizinha, a Gljufrabui. São 10 minutos de caminhada até lá.

Gljufrabui

E a menos de 500 metros dali, é possível visitar a Gljufrabui, o tesouro escondido da Islândia. Uma cascata bem menos conhecida, mas tão interessante quanto.

Um riacho, o Gljúfurá, corre por uma fenda no penhasco, e pra se aproximadar da queda d’água, você deve fazer o caminho percorrendo essas águas. Um pouco desafiador, mas vale muito a pena. Ah, e tenha em mente que você vai se molhar.

Depois de caminhar alguns metros, você se depara com a incrível queda de 40 metros da Gljúfrabúi. A paisagem ao redor é incrível: paredes verdes cobertas de musgo, névoa e lava negra. Se der sorte, pode ver um arco-íris também.

💡 Dica: o caminho pela água é bem tranquilo, mas vá com calma. Eu fui meio apressada e, apesar da bota à prova d’água, pisei errado e a água entrou dentro do meu pé. E sério, você não vai querer passar o dia com o pé molhado.

Frost & Fire Hotel

Meu hotel preferido na Islândia. Gostamos tanto que escolhemos ficar duas noites por lá.

Reserve aqui!

Acho que no reels dá pra sentir a vibe do hotel. Muito bom!

Dia 8: Golden Circle

Este é um daqueles lugares que todo turista que visita a Islândia incluirá em seu roteiro. E o motivo é simples: tem muito ponto turístico e fica perto de Reykjavik. Então, até quem tem menos tempo no país consegue visitar.

Algumas pessoas acham muito turística e cheia (realmente foram os lugares que mais tinham turista na viagem toda), mas se é a sua primeira vez na Islândia, tem que ir!

Os três principais lugares que você tem que ver ao longo do Golden Circle são:

Parque Nacional Thingvellir

O Parque Nacional Thingvellir, localizado na Islândia, é um lugar de grande importância histórica e geológica.

É o local onde a Islândia fundou sua primeira assembleia parlamentar.

Também é conhecido por ser onde a placa tectônica euroasiática e americana se separam, criando uma grande fissura no terreno conhecida como a Grande Fissura.

O parque possui belas paisagens naturais, como cachoeiras, lagos e campos verdes. Também é um popular destino turístico, com muitas trilhas para caminhada e passeios de barco.

Öxarárfoss

A Öxarárfoss é uma cachoeira localizada dentro do Parque Nacional Thingvellir, na Islândia.

Ela é alimentada pelo rio Öxará e é cercada por belas paisagens naturais, incluindo rochas basálticas e vegetação rasteira.

A cachoeira é conhecida por sua beleza natural e histórica, já que é uma das primeiras cachoeiras visitadas pelos turistas que chegam ao Parque Nacional Thingvellir e que acompanha a trilha que leva a Althing, a primeira assembleia parlamentar da Islândia.

Ela tem uma queda de cerca de 20 metros de altura e é possível se aproximar bastante dela para ver sua beleza.

Selfoss Geysers

Os geysers estão localizados em uma área geotermal no Golden Circle. Os jatos de vapor d’água atingem cerca de 20/30 metros de altura e entram em ebulição a cada 5 ou 7 minutos. O cheiro de enxofre também é bem forte.

O local é super organizado e você encontra estacionamento gratuito, lojinhas e restaurante.

Aqui vale dizer que acho que eu tinha muita expectativa para os geyseres. E, por isso, não me surpreendi tanto, especialmente que já tinha visitado Namaskard.

É o tipo de lugar que tem que ir, mas não espere tanto.

Gulfoss

A Cachoeira Gullfoss é uma cachoeira icônica localizada no sul da Islândia, perto da capital Reykjavík.

Ela é composta por duas quedas d’água consecutivas, com a primeira caindo de aproximadamente 11 metros de altura e a segunda caindo de aproximadamente 22 metros de altura.

A cachoeira é alimentada pelo rio Hvítá, que é conhecido por suas águas cristalinas. A cachoeira é cercada por belas paisagens naturais, como penhascos de basalto e campos verdes.

Ela é um popular destino turístico e oferece vistas espetaculares da cachoeira de vários ângulos, incluindo um mirante no topo da queda d’água.

Dia 9: Thingvellir e Reykjavik

Mergulho entre as placas tectônicas

Mergulhar na Silfra é uma experiência única e emocionante.

A fissura está localizada dentro do Parque Nacional Thingvelli e é formada pelo deslocamento das placas tectônicas euroasiática e americana. Ela é composta por dois braços, chamados de Silfra Hall e Silfra Cathedral, cada um com suas próprias características e beleza.

O mergulho na fissura é feito em água cristalina, com visibilidade de até 100 metros, o que permite ver detalhes incríveis da formação rochosa e da vida marinha.

A água é extremamente fria, entre 2 e 4 graus Celsius, mas os mergulhadores são equipados com roupa de mergulho seca para mantê-los aquecidos.

Dizem que é possível ver várias espécies de peixes, algas e outras criaturas marinhas, mas quando mergulhei, não vimos nenhum peixe. Só as cores variadas das rochas, mas que é bem bonito.

Reykjavik

No nosso último dia aproveitamos para visitar o centro histórico de Reykjavik.

O centro histórico de Reykjavik é repleto de edifícios coloridos e charmosos, incluindo a Igreja Hallgrimskirkja, que é a maior igreja da Islândia e oferece vistas panorâmicas da cidade.

Também é possível visitar o Museu Nacional da Islândia e o Museu de Arte Árni Magnússon para aprender mais sobre a história e a cultura islandesa.

Mais opções de passeios na Islândia

Fazer um passeio de barco para ver baleias

Reykjavik é um ótimo lugar para ver baleias, e há várias empresas que oferecem passeios de barco para ver esses animais impressionantes. Os principais tipos de baleias que podem ser vistos incluem baleias-de-minke, baleias-beluga e baleias-de-bico.

Desfrutar da culinária islandesa

Reykjavik tem uma cena culinária vibrante, com muitos restaurantes que servem pratos tradicionais islandeses, como peixe fresco e carne de rena. Também é possível experimentar alimentos inusitados, como o famoso “hákarl” (tubarão fermentado) e “svio” (linguado cru) e outras iguarias islandesas.

Caçada à Aurora Boreal

Uma caçada à aurora boreal na Islândia é uma experiência emocionante e inesquecível. A aurora boreal, também conhecida como “luzes do norte”, é um fenômeno natural que ocorre quando partículas carregadas emitidas pelo sol entram na atmosfera terrestre e causam uma iluminação espetacular no céu.

A caçada à aurora boreal geralmente começa com uma pequena viagem fora da cidade, para lugares com menos luz poluente, como zonas rurais ou parques nacionais. Lá, os participantes geralmente se reúnem em grupos pequenos com um guia que os ajuda a encontrar as melhores áreas para ver a aurora boreal.

Ao longo da viagem, é possível ver as luzes dançando no céu, geralmente com cores verdes, azuis e roxas. O guia pode explicar mais sobre o fenômeno natural e tirar fotos para que os visitantes possam levar esses momentos incríveis para casa.

É importante lembrar que a aurora boreal é um fenômeno imprevisível e pode ser vista somente durante certas épocas do ano e em condições climáticas favoráveis, então é recomendável estar preparado para adaptar seus planos caso as condições não sejam ideais para ver as auroras.

💡 Pra você sentir ainda mais como foi a viagem e ficar com vontade de decolar hoje mesmo, dá pra assistir os stories da Islândia que salvei nos destaques do Instagram – @descobriporai.com.br.

checklist da viagem

tudo o que você precisa para descobrir o mundo por aí

Sempre que você faz sua reserva ou adquire um produto/serviço através de um link do Descobri por aí, o blog recebe uma pequena comissão. Você não paga nada a mais por isso e ajuda a manter o Descobri por aí sempre atualizado!

Gostou de descobrir o que fazer na Islândia? Se tiver alguma dúvida, é só mandar nos comentários! 😉

você também pode curtir:

Leave A Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *