nathana rebouçasQuer viajar pra Cuba mas não sabe por onde começar o planejamento? Continua aqui que eu vou te contar tudo o que eu descobri sobre Cuba na minha última viagem ao país!
Em agosto de 2023, decidi embarcar sozinha em uma aventura rumo a Cuba, e lógico que eu estava cheia de dúvidas.
Primeiro porque é muito difícil encontrar conteúdo sobre Cuba na internet, especialmente atualizado.
Além disso, o que esperar de um lugar envolto em tantas histórias e opiniões divergentes?
A verdade é que Cuba me surpreendeu de formas (positivas e negativas) que eu não imaginava, e é justamente essa experiência real, sem filtros, que quero compartilhar com vocês neste guia.
Se você está em busca de informações práticas, dicas úteis e um relato genuíno sobre o que é viajar por Cuba, você está no lugar certo.
Quem me segue no Instagram (já segue aí) acompanhou algumas aventuras em tempo (quase) real. Mas se você é novo aqui e quer saber tudo sobre Cuba, vamos juntos descobrir os encantos e desafios de uma das ilhas mais faladas – e talvez menos compreendidas – do Caribe.
Que tal um vídeo pra inspirar antes de começar?
Bora descobrir?
- Onde fica Cuba?
- Qual a capital de Cuba?
- Qual a língua falada em Cuba?
- Qual a moeda em Cuba?
- Melhor época para viajar pra Cuba
- Como chegar em Cuba?
- É seguro viajar pra Cuba?
- checklist da viagem
Onde fica Cuba?
Cuba é uma ilha localizada no mar do Caribe, na região conhecida como América Central, bem pertinho de Miami.
Cuba é uma das maiores ilhas do Caribe, estendendo-se por uma área de aproximadamente 110.860 quilômetros quadrados. A ilha é banhada pelo mar do Caribe a sul e a oeste, e pelo oceano Atlântico a norte.
Geograficamente, está situada a sudeste dos Estados Unidos e a noroeste da Jamaica, Haiti e República Dominicana.
Qual a capital de Cuba?
A capital de Cuba é Havana, localizada na costa noroeste da ilha.
Com mais de 2 milhões de habitantes, Havana é a maior cidade do país e também seu centro político, econômico e cultural. Os habitantes de Havana são conhecidos como habaneros.
Havana é uma cidade histórica, com uma arquitetura variada que inclui estilos coloniais espanhóis, edifícios neoclássicos e art déco. Seu centro histórico, Havana Vieja, é Patrimônio Mundial pela UNESCO.
Havana é conhecida por seus carros clássicos dos anos 1950, que conferem um toque nostálgico à cidade.
Qual a língua falada em Cuba?
A língua falada em todo o país é o espanhol. Isso mesmo, o mesmo idioma que se fala em muitos outros lugares da América Latina e Espanha. Então, se você já sabe um pouquinho de espanhol, vai se sair muito bem por lá!
O povo cubano é super amigável e, mesmo que você não seja fluente, eles vão adorar quando você tentar se comunicar em espanhol – ou melhor, portunhol. Então, não precisa ter vergonha, qualquer “hola” e “gracias” será super bem-vindo.
E lógico que saber um pouco do idioma pode fazer toda a diferença na sua viagem – isso vai facilitar sua interação com os moradores locais.
Qual a moeda em Cuba?
Se você está planejando uma viagem a Cuba, entender a situação monetária do país é essencial.
Atualmente, a moeda oficial é o CUP. No entanto, as moedas estrangeiras, especialmente o dólar americano (USD) e o euro (EUR), também são aceitas.
Acho que a parte da moeda é a parte mais “complexa” da viagem, pelo menos foi pra mim, que me planejei muito mal e acabei passando perrengue em Cuba por conta de dinheiro.
1. Moedas aceitas
Pra começar, o real brasileiro não tem valor em Cuba. Assim, não levará vantagem tentando usar ou trocar essa moeda lá.
Entretanto, tanto o dólar americano quanto o euro são aceitos e têm um excelente valor de troca tanto no mercado oficial quanto no paralelo.
Outras moedas, como o dólar canadense, libra, yen japonês e pesos mexicanos também são convertíveis nas casas de câmbio oficiais, conhecidas como CADECA.
2. Câmbio Oficial vs Paralelo
O câmbio oficial é gerido pela CADECA. Porém, a realidade é que o mercado paralelo frequentemente oferece taxas mais atrativas.
Um exemplo pessoal: enquanto na CADECA um dólar era trocado por 110 pesos cubanos, na rua, me ofereceram 190 pesos pelo mesmo dólar, enquanto no hotel me ofereceram 180.
Importante lembrar que o valor no mercado paralelo tende a flutuar rapidamente, assim como está acontecendo na Argentina.
3. Trocando dinheiro no mercado paralelo
Não há um local específico para essa transação.
Caminhe pelas ruas movimentadas e logo alguém lhe oferecerá câmbio.
Depois de acertar um valor, você será conduzido a um local mais discreto para a troca. Lembre-se de que as notas devem estar em boas condições – sem manchas ou rasgos.
No começo você pode ficar meio desconfiado, mas tende a ser seguro.
4. Usando cartão de crédito
Embora muitos lugares em Cuba ainda operem só com dinheiro, alguns (poucos) estabelecimentos aceitam cartões internacionais.
Aí aqui temos três pontos:
- o cartão não pode ter sido emitido nos Estados Unidos, tem que ser emitido no Brasil.
- apenas os lugares do governo e grandes hotéis aceitam cartão de crédito, lugares privados não aceitam pagamento na maquininha de cartão, eles nem tem.
- os estabelecimentos estatais, como o bar do Hotel Nacional, SÓ aceitam cartão de crédito, e no cartão você vai pagar a conversão oficial do governo (110 pesos o dólar). Então tem que pagar a taxa do cartão e é isso.
5. Caixas eletrônicos
Tem caixa eletrônico em Cuba? Tem, especialmente do Banco Metropolitano, mas é muito comum eles estarem com filas enormes, sem serviço ou sem dinheiro. Ou seja, não conte com isso.
Além disso, tentei usar tanto um Wise Visa, Inter Mastercard e um Itaú Visa pra sacar dinheiro e não consegui com nenhum dos três – não faço ideia porque, só sei que me gerou um baita perrengue.
Pelo que vi enquanto rodava a cidade atrás de um lugar para sacar dinheiro, a maioria dos caixas eletrônicos só fazem saque de cartão Visa. Mas não consegui fazer nem com um Visa. Enfim, a dica é: não dependa disso. Leve dólar e troque o dinheiro lá.
Melhor época para viajar pra Cuba
Gente, eu fui pra Cuba em julho, ainda nem era o auge do verão e foi puxado, estava muuuuito quente. E pior que o calor, é a umidade, sabe? Aquele calor que gruda na pele!
Foi uma daquelas situações em que você até pensa que está exagerando, mas os próprios cubanos estavam reclamando do clima.
Acreditem ou não, a coisa foi séria! No táxi indo pro aeroporto, ouvi na rádio que aquela semana havia batido o recorde de calor desde 1951. Ou seja, estava muito quente mesmo!
Então, se você estiver planejando visitar Cuba durante o verão, especialmente em julho e agosto, esteja preparado para enfrentar altas temperaturas e uma umidade que faz suar até o último poro.
Setembro a novembro: temporada de furacão no Caribe
Ah, importante também ter em mente que os meses de setembro a novembro são a temporada de furacões no Caribe, e Cuba não é exceção.
Durante esse período, o país pode ser afetado por tempestades tropicais e furacões, o que pode resultar em fortes chuvas e ventos. Me falaram que setembro pode ser o pior mês.
Novembro a fevereiro: temperaturas amenas
Qual a melhor época então? Sem dúvida, a melhor época para viajar para Cuba é durante a estação seca, que vai de novembro a abril. Nesse período, o clima é mais agradável, com temperaturas amenas e menos chuvas, proporcionando as condições ideais para explorar a ilha.
Durante os meses de novembro a fevereiro, as temperaturas são mais amenas, com médias em torno de 20°C a 25°C, o que torna o clima muito agradável para atividades ao ar livre e passeios turísticos. Além disso, há menos probabilidade de chuvas durante esses meses.
Março e abril: primavera
O período de março e abril é conhecido por ser a primavera em Cuba. As temperaturas começam a subir, mas ainda estão agradáveis, com médias em torno de 25°C a 30°C. Também pode ser um ótimo momento para visitar Cuba, especialmente se você gosta de um clima mais quente, mas não extremamente quente como nos meses de verão.
Portanto, se você deseja aproveitar ao máximo sua viagem a Cuba, planejar sua visita durante a estação seca, de novembro a abril, é a melhor opção.
Como chegar em Cuba?
Se você, assim como muitos viajantes, já se perguntou sobre como chegar a Cuba, não está sozinho.
Uma das primeiras dúvidas que surge quando pensamos em explorar esse destino caribenho é: existem voos diretos? Preciso fazer muitas conexões? A resposta é mais simples do que parece, e o trajeto pode ser até mais prático do que você imagina!
Com o aumento do interesse turístico na ilha nos últimos anos, a conectividade aérea tem melhorado. Seja através de rotas que passam pelos EUA ou pelo Panamá, existem alternativas eficientes para alcançar o coração de Havana e outras cidades cubanas.
Saindo do Brasil
- Via Miami: Se você está partindo de São Paulo ou Rio de Janeiro, uma opção é a American Airlines. A rota normalmente tem uma escala em Miami. E uma dica: dá pra usar milhas Smiles pra emitir essa passagem em executiva, tornando a experiência ainda mais memorável. Com um pouco de sorte, esse trecho pode custar 160 mil milhas. Importante: você precisa de um visto de turismo válido para os EUA se for fazer a conexão no país.
- Via Panamá: Outra alternativa saindo do Brasil é voar pela Copa Airlines, que faz conexão no Panamá. Esse pode ser um itinerário atrativo se você está buscando flexibilidade de horários e, talvez, até melhores preços. Pelo Panamá o visto sai mais barato também.
Minha rota
A minha rota começou no México, fazendo uma escala em Miami antes de chegar a Havana. Optei por essa rota por circunstâncias da viagem, mas tenha em mente que o visto pode sair um pouco mais caro por esse caminho. Enquanto o visto do Brasil custa U$ 25, paguei U$ 100 no embarque em Miami, quase chorei.
Mas optei por essa rota porque fiz uma viagem pra San Diego, depois Cancun e finalizei em Havana.
É seguro viajar pra Cuba?
Quando pensamos em destinos caribenhos, Cuba é, sem dúvidas, um dos mais enigmáticos. Mas, junto com o charme e a história, vem também a pergunta: é seguro viajar para Cuba?
Com base na minha experiência e nos relatos de amigos que também já fizeram essa viagem, posso dizer que Cuba, em sua essência, é um destino seguro.
Mas como em qualquer lugar do mundo, é importante estar atento e seguir algumas recomendações.
Golpes comuns
Assim como em outros destinos turísticos, há relatos de golpes em Cuba.
Alguns cubanos podem tentar se aproximar de turistas oferecendo “guias” não oficiais, troca de dinheiro a taxas “vantajosas” ou vendendo charutos falsificados.
Sempre é recomendado recorrer a estabelecimentos oficiais e evitar negociações nas ruas.
E como eu caí no golpe do charuto, vou contar mais dele aqui pra vocês.
Golpe do charuto
Normalmente, esse golpe acontece quando você é abordado nas ruas por alguém que lhe oferece charutos “autênticos” por um preço muito abaixo do mercado.
Os vendedores têm suas histórias bem ensaiadas, muitas vezes alegando serem funcionários de uma fábrica de charutos ou terem acesso exclusivo a produtos genuínos.
No meu caso, eu estava parada tirando uma foto quando um senhor me abordou, todo simpático, perguntando de onde eu era e se eu já tinha comprado charutos. Era meu primeiro dia na cidade e mesmo sabendo do golpe, respondi que não, ainda não tinha comprado.
Aí começou toda a história, né. Ele me levou em uma casa e falou que eles tinham charutos muito mais baratos porque aquele era um dia especial na cooperativa que eles trabalhavam, e bla bla bla. Quando eu neguei a compra, ele ficou aparentemente irritado e foi embora. Mas o dono da casa continuou insistindo e o final você já sabe: comprei.
Os charutos vendidos dessa forma frequentemente são falsos ou de qualidade muito inferior.
A dica pra não cair nesse golpe é sempre responder que você já comprou charutos, assim eles não insistem. Também vale falar que já é seu último dia na cidade.
E se você quer comprar charutos de recordação, a melhor maneira é adquirir charutos apenas em lojas licenciadas, como as “Casas del Habano”, que são as lojas oficiais em Cuba.
Desconfie sempre de preços muito baixos e evite fazer compras de charutos diretamente nas ruas, por mais tentadora que a oferta pareça.
Risco de Assaltos
O centro urbano, como em muitas cidades ao redor do mundo, tem maior probabilidade de pequenos crimes. Batedores de carteira, especialmente em áreas turísticas, são um dos incidentes mais comuns. Por isso, é sempre bom estar alerta e não exibir objetos de valor ostensivamente.
Legislação Rigorosa
Um dos motivos para a sensação de segurança em Cuba é a legislação rigorosa e o policiamento eficaz. Crimes violentos, como assaltos à mão armada, são raríssimos. Isso acontece devido às penalidades severas aplicadas aos criminosos.
Relações com os Locais
Os cubanos são, em geral, pessoas amigáveis e acolhedoras. Eles valorizam o turismo e a interação cultural que ele traz. Entretanto, é sempre bom respeitar costumes locais e se informar sobre comportamentos adequados, especialmente em áreas rurais.
checklist da viagem
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